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CREA-RJ encontra extintor vencido em Cidade do Samba

Por Clarissa Thomé
Atualização:

Fios desencapados, instalações elétricas improvisadas, extintores vencidos ou vazios. Uma semana depois do incêndio que atingiu parte da Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-RJ) fez uma vistoria em dois barracões e identificou falhas que mostram que ainda há risco de novos acidentes.Os técnicos da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do CREA-RJ estiveram nos barracões da Imperatriz Leopoldinense e no Salgueiro. Eles avaliaram que a instalação está correta, com quadro de distribuição adequado. O problema está na falta de instalação de tomadas pelo galpão."Eles puxam uma extensão que atravessa todo o barracão. E a essa extensão outros fios são conectados. Fica uma gambiarra no meio do caminho", afirmou o presidente da comissão, o engenheiro elétrico Luiz Antônio Cosenza. "Essas emendas de fio no chão estão junto a plástico, tecido, isopor. Uma fagulha de um curto circuito provoca o incêndio".Também foram identificadas outras irregularidades, como extintores fora das especificações e pessoas fumando durante o trabalho. "Aquela é uma área de risco, onde há material inflamável, solda, maçarico. Deve ser um ambiente muito controlado e o fumo tem de ser banido", afirmou Cosenza.Nos próximos dias, engenheiros químicos e mecânicos voltarão à Cidade do Samba para complementar a vistoria. A intenção é preparar um relatório apontando as irregulares e propondo soluções para os problemas. As primeiras sugestões são para a instalação de tomadas de piso nos corredores entre os carros alegóricos e para a manutenção de uma brigada de incêndio 24 horas.Hoje, o diretor de carnaval da Liga das Escolas de Samba (Liesa) Elmo José dos Santos passou a tarde reunido com o engenheiro responsável técnico pela instalação elétrica da Cidade do Samba.A prefeitura começa amanhã o desmonte dos três barracões afetados pelas chamas. A princípio, serão retirados o telhado e as paredes do segundo andar dos prédios, numa área de 11.500 metros quadrados. Depois que o trabalho for finalizado, nova vistoria será feita para definir se o primeiro piso será preservado.

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