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Crédito empaca, mas Bradesco lucra 14,7% mais no 2o tri

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Por Redação
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O Bradesco informou nesta segunda-feira que encerrou no segundo trimestre com lucro líquido de 2,297 bilhões de reais, um crescimento de 14,7 por cento em relação ao apurado em igual período de 2008. Mas a carteira de crédito do segundo maior banco privado brasileiro ficou em 212,8 bilhões de reais. Embora isto signifique um avanço de 18,2 por cento ante o montante do final do primeiro semestre do ano passado, ficou ligeiramente abaixo dos 213 bilhões de reais de março. No balanço, o banco explicou que o principal motivo do fraco desempenho do crédito no período foi a desvalorização do dólar, que impactou negativamente os empréstimos indexados à moeda norte-americana, que representavam 16,1 por cento do total. Além disso, o banco elevou mais uma vez a provisão contra perdas esperadas com créditos no trimestre passado para 13,871 bilhões de reais, 60,3 por cento maior do que a do segundo trimestre de 2008. "O aumento da provisão reflete os efeitos da crise financeira mundial que implicou numa desaceleração econômica no país, afetando temporariamente a capacidade das empresas e dos indivíduos de cumprirem com seus compromissos financeiros", diz trecho do relatório do banco. Em junho, o nível médio de inadimplência da carteira ficou em 4,6 por cento, acima dos 4,2 por cento de março e dos 3,4 por cento do final do primeiro semestre de 2008. A pressão provocada pelo aumento das provisões contra perdas foi contrabalançada pela alienação de ações que o banco tinha na empresa de cartões Visanet, o que produziu uma receita não operacional extra de 2 bilhões de reais. O Bradesco prevê uma redução no ritmo de crescimento da inadimplência das pessoas físicas, mas avalia que as micro, pequenas e médias empresas ainda merecem atenção. O banco prevê uma recuperação mais consistente da crise prevista na segunda metade do ano, mas não em nível suficiente para manter as previsões anteriores para o crédito. Por isso, o Bradesco reduziu a expectativa de expansão do financiamento da faixa de 13 a 17 por cento para a de 8 a 12 por cento. Entre abril e junho, as receitas de prestação de serviços do banco totalizaram 2,91 bilhões, uma evolução de 9,6 por cento em relação ao mesmo trimestre do ano passado. (Reportagem de Aluísio Alves)

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