PUBLICIDADE

Cresce 111% abandono de carros em São Paulo

Por AE
Atualização:

No primeiro trimestre de 2009, 182 veículos abandonados foram recolhidos pela Prefeitura - um aumento de 111% na média trimestral registrada nos últimos quatro anos, na capital paulista. De 2005 a 2008, foram retirados 1.379 veículos das ruas - o equivalente a cerca de 86 carros por trimestre. A região sob jurisdição da Subprefeitura do Campo Limpo, que engloba os bairros do Capão Redondo e de Vila Andrade, na zona sul, lidera os abandonos de carros em 2009. Lá, 56 veículos abandonados foram recolhidos das ruas. O problema, porém, não ocorre só na periferia. Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, dos 567 carros recolhidos no ano passado, 309 estavam em ruas da Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília e Sé - distritos da Subprefeitura Sé. Em 2009, por enquanto, 21 carros foram retirados nessa região central da capital. Segundo a secretaria e a Polícia Militar, não há dados sobre os motivos que levam ao abandono. No entanto, o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, cita, como as principais causas, as dificuldades financeiras do proprietário para manter o carro - custo com manutenção, impostos e até quitação do financiamento - e os casos provenientes de roubos e furtos (os ?desaparecidos?).O Código de Trânsito Brasileiro não prevê multa por abandonar veículo em vias públicas, segundo Cyro Vidal Soares da Silva, presidente da Comissão de Assuntos e Estudos sobre Direito de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). ?Os carros abandonados são um enorme transtorno. Ocupam pátios e os leilões para vendê-los não são tão frequentes ?, afirma Matarazzo. Dos 1.561 carros abandonados e retirados pelo poder público das ruas, desde 2005, só 197 foram resgatados pelos donos. O resto ou foi leiloado para ferros-velhos ou continua órfão nos pátios oficiais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.