Criadas por lei, quatro ciclovias ficam no papel em SP

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Por AE
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Em São Paulo, quatro ciclofaixas só existem no papel. Criados por leis municipais na década de 90, os trajetos do Ipiranga (zona sul), Mooca, Tatuapé e Belenzinho (zona leste) deveriam funcionar todos os domingos. As ruas e avenidas dos trajetos - que têm até 6,1 km - seriam fechadas para o tráfego recreativo de bicicletas. Mais de uma década depois das sanções dos prefeitos, porém, as quatro leis acabaram esquecidas.As ciclovias foram criadas por leis aprovadas e sancionadas durante as gestões dos prefeitos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000), mas nunca foram regulamentadas por decreto. Juntas, as quatro deveriam acrescentar 14,3 quilômetros à infraestrutura esportiva e de lazer da cidade. É quase três vezes o tamanho da ciclofaixa do Parque do Ibirapuera, que tem cerca de 5 quilômetros e é frequentada por cerca de 5 mil ciclistas todos os domingos.O vereador Toninho Paiva (PR), autor da lei que criou a ciclovia do Tatuapé em 1994, conta que tentou tirar a ideia do papel na época, mas não teve sucesso por causa da resistência do poder Executivo. "É um descaso do poder público, não só com o Legislativo mas com a própria sociedade. Essas ciclovias são uma questão de saúde. Bicicleta é um exercício que você reforça os braços, as pernas, se exercita bastante", afirma.Por meio de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura de São Paulo ressaltou que, no início da atual administração, as quatro leis que criavam os trajetos da zonas sul e leste já tinham uma década de publicação. Neste período, segundo o governo municipal, ocorreram inúmeras mudanças no trânsito da cidade. "Além disso, essas leis perderam automaticamente sua eficácia com o advento do Plano Diretor, de 2004, que disciplina e ordena o uso e a ocupação do solo no município", diz o comunicado da Prefeitura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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