Crise tem pouco impacto nas empresas da EBX, diz Eike

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Por Redação
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A crise na economia internacional não tem tanto impacto sobre o Grupo EBX, porque as companhias da holding trabalham com margens elevadas, disse o presidente do conglomerado, o bilionário Eike Batista. "A crise atual para nós não é crise, porque em nossos projetos, que têm margens altíssimas, nada do que estamos fazendo para", disse Eike a jornalistas durante evento que marcou a estreia da CCX na Bolsa de Valores em São Paulo. A frase foi uma resposta à pergunta sobre eventual interesse do grupo em parcerias com montadoras. Mas ele acrescentou que atualmente no Brasil o setor automotivo está super competitivo e bem coberto. Ele ponderou que a crise internacional vai passar, uma vez que os países emergentes continuam gerando empregos. "O mundo sempre sai dessas crises, o mundo não para. E o mundo que eu enxergo inclui América do Sul, África, Índia, China, Indonésia, este grupo de países está criando 20 milhões de empregos por ano", disse o empresário. O executivo ponderou que os Estados Unidos estão se saindo melhor que o esperado, mas que a Europa deverá passar por ajustes para sair da crise. "A Europa vai ter que passar um pouco o que nós brasileiros passamos na década de 90, apertando o cinto, acertando as dívidas e, se Deus quiser, eles lançam os eurobonds. E os europeus vão ter que aceitar que nos próximos cinco anos eles ficarão 30 por cento mais pobres", disse. Sobre os questionamentos de que o Grupo EBX não estaria entregando resultados, Eike ponderou que foram feitos pesados investimentos em pesquisa de risco. "Eu podia não ter achado nada, mas com conhecimento você diminui este risco", afirmou. Segundo ele, a constante procura por conhecimento e tecnologia no estado da arte é que permitem o alto nível de taxa de sucesso, como no caso da mina de carvão na Colômbia. "Com um furo, tivemos 100 por cento de sucesso. Isso é performance. É entregar resultado", acrescentou. INVESTIMENTOS Sobre outros investimentos, Eike reafirmou que o "xis" da mina de ouro na Colômbia (AUX) também poderá abrir capital ainda este ano. Segundo ele, a mina foi comprada há um ano e meio com 3,5 milhões de onças de ouro e atualmente ela tem onze milhões de onças. "A gente fura acha. Então a gente tem que ter o 'timing' para a abertura (de capital). É como a própria história da CCX, que já nasceu da capital aberto", disse Eike, acrescentando que iniciará o projeto com a exploração em apenas 10 por cento da área total da reserva que a empresa detém. Sobre a parceria com a Foxconn, ele explicou que o Grupo EBX vai arbitrar negócios que o Brasil não tem, por exemplo, com a fábrica de lâmpadas LED e de painéis solares. "Com o know-how chinês. É um tremendo negócio", disse. Ambas devem ser construídas em Açu e devem ter participação de 50 por cento para cada companhia. (Reportagem Fabíola Gomes)

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