01 de abril de 2010 | 10h25
Por baixo dos panos, operários fazem um levantamento de cada metro quadrado da superfície do monumento, coletam amostras e mapeiam as falhas provocada por fenômenos atmosféricos em seus 78 anos de existência. Com martelos de borracha, dois homens sobem e descem as escadas armadas em torno da estátua para procurar pontos ocos, que correm risco de se soltar. Sobre o braço direito da estátua, eles trabalham na recuperação das pontas dos dedos, que se projetam sobre um penhasco. "O mais complicado é vencer a altura e o vento", diz o arquiteto Diogo Caprio.
Aos pés do monumento, a empresa responsável pela obra testa substâncias que serão usadas na limpeza de manchas da superfície. Um trabalho minucioso de restauração dos cerca de 1,5 milhão de pastilhas de pedra-sabão que revestem a estátua, com um cuidado inspirado na medicina.
"Costumamos dizer que somos médicos das obras de arte, e usamos termos da medicina e da odontologia para identificar esse processo de recuperação dos monumentos", diz a arquiteta Márcia Braga. Ela já participou de outros dois processos de restauração do Cristo e garante que conhece cada canto da estátua e todas as ''patologias'' que provocaram falhas em sua superfície.
O tempo deixou marcas principalmente nos braços e no rosto do Cristo Redentor. Faltam pedaços nas pontas dos dedos das mãos, na cabeça e nos supercílios, rachados por raios que atingem principalmente as extremidades da estátua. "Por causa das intempéries, as pastilhas que cobrem o monumento estão sendo arrancadas. Havia a necessidade de fazer um restauro amplo e uma obra de impermeabilização do Redentor", avalia o arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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