
05 de novembro de 2011 | 13h09
Por outro lado, existem sérios questionamentos sobre a legitimidade de sua candidatura, pois ela foi obtida apoiada em uma polêmica decisão da Corte de Justiça, que em 2009 declarou inaplicável uma proibição constitucional que não permitia a reeleição consecutiva.
Em uma das últimas pesquisas, elaborada pelo instituto CID-Gallup, Ortega conseguiu 48 por cento das intenções de voto, seguido do empresário e locutor Fabio Gadea, com 30 por cento.
O ex-presidente Arnoldo Alemán (1997-2002), candidato pelo PLC (Partido Liberal Constitucionalista) e que promete não reconhecer um triunfo de Ortega pelo fato de sua candidatura ser ilegal, está no terceiro lugar, com 11 por cento.
Gadea, parente de Alemán, é candidato por uma aliança de movimentos de direita e dissidentes sandinistas incluídos no PLI (Partido Liberal Independente).
Ortega, de 65 anos e candidato da FLSN (Frente Sandinista de Liberação Nacional), pode ganhar sem necessidade de segundo turno, já que as leis exigem 40 por cento de votos válidos ou um mínimo de 35 por cento e cinco pontos percentuais de vantagem sobre o seu rival mais próximo.
O presidente, que governou na década de 1980 após o triunfo da "revolução sandinista", foi perseguido pelos "contras", que tentavam derrubá-lo com o apoio dos Estados Unidos, e é mais popular agora do que quando chegou ao poder, em 2007.
Segundo analistas, isso se deve aos programas sociais que, sem diminuir de maneira substancial a pobreza, concedeu à população necessidades básicas postergadas durante décadas em um dos países mais pobres das Américas.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.