NÓS CONTRA ELES
Ainda no tom de Lula e Falcão, Dilma apostou na comparação entre petistas e tucanos. Explorando fatos ocorridos na gestão de Fernando Henrique Cardoso sem citá-lo diretamente, afirmou que "não foi eleita para arrochar salário do trabalhador", "vender patrimônio público" ou "mendigar" dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Essa não é a minha receita", afirmou dizendo que pretende governar de "cabeça erguida".
"Antes do PT e dos partidos aliados chegarem ao poder, vamos lembrar que as oportunidades para o brasileiro crescer e subir na vida eram poucas, ou quase nulas."
E, citando os efeitos da crise em algumas nações desenvolvidas, como alta no desemprego e medidas de ajuste fiscal, Dilma defendeu que o Brasil foi o país que "melhor venceu essa batalha", por ter mantido os níveis de emprego e de renda dos trabalhadores.
"Antes dos nossos governos, o Brasil se defendia das crises de uma forma extremamente perversa, arrochando o salário dos trabalhadores, aumentando as taxas de juros a níveis estratosféricos, aumentando o desemprego, diminuindo inteiramente o crescimento e vendendo o patrimônio público", atacou.
"Aqui no Brasil, porém, dessa vez, o nosso país não se rendeu. Não se abateu, nem se ajoelhou, como fazia diante de todas as crises do passado."
Para Dilma, se na primeira eleição de Lula, "a esperança venceu o medo, nesta eleição a verdade deve vencer a mentira e a desinformação... o nosso projeto de futuro e todas as nossas realizações devem vencer aqueles cuja proposta é retornar ao passado".
Apesar das comparações negativas com a oposição, Dilma procurou, pelo menos em seu discurso, pedir que o debate seja cordial.
"Nossa campanha, tem que ser uma festa de paz... nunca fiz política com ódio."