‘Deixa Ela Competir’, o terceiro episódio da nova websérie do Estadão

Cristiane e Karen Jonz estão entre as entrevistadas do novo capítulo, que discute as dificuldades do esporte feminino no Brasil

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Por Redação
Atualização:
Cristiane, atacante do Sâo Paulo e da seleção brasileira feminina de futebol, foi uma das entrevistadas do terceiro episódio da série 'Deixa Ela' Foto: Valéria Gonçalvez/Estadão

O Comitê Olímpico Internacional (COI) prevê que as mulheres serão 48,8% dos atletas na Olimpíada de Tóquio, no ano que vem. Teremos os Jogos mais femininos de todos os tempos, graças a um trabalho para incluir modalidades mais igualitárias e promover um equilíbrio maior nos demais esportes.

Os esforços são um passo para modificar algo que é realidade em boa parte dos países: a falta de estímulo para participação das mulheres.  O episódio Deixa Ela Competir, que você vê aqui, aborda as questões que prejudicam o crescimento das modalidades femininas no País e as mudanças positivas que já aconteceram neste panorama. 

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Fator de ascensão social importante no Brasil, a exclusão das mulheres nos esportes também amplia as desigualdades de gênero. “Elas abrem mão de ir para uma seleção porque a família passa por necessidade”, diz Emily Lima, ex-técnica da seleção brasileira feminina de futebol. “Estamos falando de uma criança de 15, 16 anos que precisa ajudar a família porque o esporte ainda não dá esse suporte.”

Cristiane, atacante do São Paulo e da seleção brasileira, espera que o crescimento de interesse no futebol feminino não seja algo passageiro. “Acho que as mudanças estão acontecendo muito por conta da obrigatoriedade de os clubes terem equipes femininas”, diz a maior artilheira de todos os tempos em Jogos Olímpicos. “Só depois da Olimpíada é que a gente vai saber se realmente as pessoas vão continuar interessadas, se os clubes vão manter as estruturas.”

No episódio, as atletas também relatam casos de preconceito. Karen Jonz, tetracampeã mundial de skate e primeira brasileira a ganhar medalha de ouro nos X Games, explica que no início da sua carreira — quando ainda era uma das poucas mulheres na modalidade — se vestia como homem para evitar assédios. “Eu achava legal quando me confundiam com um homem porque eu ficava em paz.”

A websérie Deixa Ela marca o aniversário de um ano de Capitu, o site do Estadão para mulheres, e está sendo realizada em parceria com o Facebook e o International Center for Journalists (ICFJ). Até dezembro, serão lançados semanalmente episódios em vídeo, complementados por especial multimídia, material extra para redes sociais e entrevistas na edição impressa do Estadão.

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