Dente ajuda a identificar múmia de rainha egípcia

Teste de DNA confirma existência de Hatshepsut, após décadas de dúvida

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Por Redação
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A múmia da rainha do Egito Hatshepsut foi finalmente identificada graças a um dente molar, segundo revelou nesta quarta-feira, 27, o secretário-geral de Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, Zahi Hawass. Hatshepsut é uma das rainhas mais famosas do Egito do tempo dos faraós. A múmia se encontrava no terceiro andar do Museu Egípcio do Cairo, junto à da ama-de-leite que amamentou Hatshepsut. A múmia foi descoberta em um túmulo no Vale dos Reis no Egito, em 1903, mas permaneceu não identificada por décadas. "Agora temos cem porcento de certeza" que a múmia pertence à rainha, afirmou Hawass. Hawass tinha anunciado que nesta quarta revelaria "a maior descoberta na egiptologia desde 1922", quando a tumba do faraó Tutancâmon foi encontrada pelo britânico Howard Carter. Com as amostras de DNA, o teste de um dente encontrado em uma caixa junto com outros órgãos embalsamados da múmia foi a chave para identificar Hatshepsut. O molar se encaixou perfeitamente em um buraco na mandíbula da múmia. Hatshepsut viveu entre 1479 e 1458 AC, e foi uma das "estrelas" da pujante 18ª dinastia. A monarca, que chamava a si mesma de Faraó, se vestia como homem e costumava usar uma barba falsa, concentrava mais poder em suas mãos que as outras duas grandes rainhas egípcias - Cleopatra e Nefertiti. A ela foi dedicado o famoso templo de Deir al-Bahri, uma das atrações mais visitadas da cidade de Luxor. Contudo, quando sua dinastia acabou, praticamente todos os registros sobre ela desapareceram misteriosamente, inclusive sua múmia. A múmia de Hatshepsut mostra uma mulher obesa, que provavelmente faleceu por volta dos 50 anos por conta de diabetes, além de supostamente ter desenvolvido um câncer, afirmou Hawass. Em exposição em uma caixa de vidro, a múmia tem a mão esquerda sobre o peito, em um claro sinal de sua alta posição na nobreza da época.

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