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Depredação deixa perda de R$ 1,4 mi em Porto Alegre

Por Elder Ogliari
Atualização:

As depredações feitas por participantes das duas manifestações pela redução das tarifas do transporte urbano, na segunda-feira, 17, e nesta quinta-feira, 20, deixaram prejuízos de pelo menos R$ 1,4 milhão para Porto Alegre, incluindo comerciantes. A prefeitura calcula que terá de gastar R$ 830 mil para repor ou restaurar 102 contêineres de lixo destruídos ou danificados, um ônibus incendiado e semáforos e placas de trânsito quebradas.O Sindicato dos Lojistas estima que os pelo menos 25 estabelecimentos comerciais depredados, com alguns deles saqueados, tiveram perdas de R$ 600 mil, além daquelas decorrentes da suspensão temporária de vendas durante o período de reparos. No protesto desta quinta-feira, houve conflitos entre manifestantes e um batalhão de choque da Brigada Militar por quase toda a extensão da Avenida João Pessoa, entre o bairro Azenha e o centro da capital do Rio Grande do Sul.Um total de 15 pessoas ficou ferido sem gravidade e 17 foram presas, entre as quais duas por furto denunciado por manifestantes. Os depredadores também atacaram as sedes municipais do PT e do PMDB, localizadas na mesma via urbana, entortando a cortina metálica de proteção dos dois prédios. Também atacaram sete agências bancárias e danificaram caixas eletrônicos. Um levantamento feito Secretaria da Segurança Pública do Estado indica que quase 90 mil manifestantes foram às ruas de 36 cidades gaúchas protestar na noite de quinta-feira.AnarquistasA Polícia Civil anunciou nesta sexta-feira que apreendeu nesta quinta com autorização da Justiça, tinta para pichação e material de confecção de explosivos caseiros, conhecidos como coquetéis-molotov, num endereço de encontro de um grupo anarquista. Na mesma investigação, detectou que os ativistas tinham feito um mapeamento dos órgãos de segurança pública do Estado. GenroO governador Tarso Genro (PT) encomendou ao Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) estudos para a redução do custo das passagens de ônibus nas cidades do Estado e para a criação de um passe para estudantes. A ideia é ouvir estudantes, movimentos sociais e sindicais e líderes políticos para verificar a viabilidade do projeto. Depois, Genro pretende levar a proposta aos governos federal e de outros Estados. "Quero ser o porta-voz desse movimento junto ao País", adiantou. Ele disse que o estudo pode identificar a fonte dos recursos para um passe estudantil e citou como opções o Orçamento Geral da União e o Imposto de Renda (IR).

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