Descoberto o túmulo da avó do primeiro imperador chinês

Localizado a 30 quilômetros do famoso mausoléu de Qin Shihuang (221-206 a.C.), o túmulo é o segundo maior do passado chinês a ser escavado até hoje

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Por Agencia Estado
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O mistério que rodeia o mausoléu do primeiro imperador chinês e seus milhares de guerreiros de terracota, na cidade chinesa de Xian, no noroeste da China, está mais perto de ser revelado depois que o túmulo de sua avó foi encontrado, publicou nesta segunda-feira a imprensa estatal. Localizado a 30 quilômetros do famoso mausoléu de Qin Shihuang (221-206 a.C.), imperador que unificou pela primeira vez o país, o túmulo da rainha mãe Xia é o segundo maior do passado chinês a ser escavado até o momento no país, com 17,3 hectares, afirmou Zhang Tianen, analista do Instituto de Arqueologia Provincial de Shaanxi. Uma das chaves para identificar a dona do sepulcro, que morreu quando o imperador tinha 20 anos e teve uma notável influência sobre ele, segundo historiadores, foram duas carruagens conduzidas por seis cavalos, símbolo exclusivo de reis e rainhas na Dinastia Qin. Além disso, os arqueólogos encontraram selos dos funcionários da corte responsáveis por levar recados às rainhas, rainhas mães e príncipes, disse Wang Hui, analista da Universidade Normal de Shaanxi, segundo informa a agência estatal Xinhua. O túmulo principal da rainha mãe Xia, que mede 140 metros de comprimento, 113 de largura e 15 de profundidade, e conta com uma câmara mortuária de mais de 100 metros quadrados, foi profanada e queimada em várias ocasiões, segundo a equipe de arqueólogos. Qin Shihuang, que começou seu reinado com apenas 13 anos, foi o primeiro e único imperador da Dinastia Qin e estabeleceu sua capital nas proximidades de Xian, onde em 1974 um camponês descobriu os guerreiros de terracota, considerados a oitava maravilha do mundo. No entanto, as escavações que buscavam os mais de sete mil guerreiros que ainda estão enterrados e o próprio túmulo do imperador, estão suspensas desde 2003. Segundo registros históricos, aproximadamente 720 mil operários trabalharam durante 38 anos para construir o mausoléu que, segundo a lenda, esconde um vasto palácio subterrâneo com rios de mercúrio e tetos de pérolas e diamantes, representando as estrelas e o céu.

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