PUBLICIDADE

Descrença marca famílias de vítimas do Bateau Mouche

Por AE
Atualização:

Sem atos públicos ou manifestações. Dessa forma os parentes das vítimas do Bateau Mouche, que afundou no réveillon de 1988, deixando 55 mortos, vão passar a noite de hoje, que marca os 20 anos da tragédia. ?O nosso silêncio não é um protesto deliberado. Reflete o cansaço que sentimos, a descrença na nossa Justiça, que é lenta e favorece a impunidade?, disse Bernardo Amaral, que perdeu a mãe, a atriz Yara Amaral, e a avó Elisa no naufrágio. Duas décadas depois do acidente, apenas uma família foi parcialmente indenizada. Um dos processos chegou a ficar parado por dez anos. Por 12 anos, Amaral presidiu a associação que reunia os parentes das vítimas do naufrágio. A Associação Bateau Mouche Nunca Mais foi criada inicialmente para dar suporte às famílias de garçons e funcionários do barco. O grupo decidiu encerrar as atividades há cinco anos. A justificativa é de que a demora judicial desmobilizou os integrantes. Alguns processos do Bateau Mouche ainda estão em primeira instância, 20 anos depois. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.