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Desmatamento é proibido em 36 cidades na Amazônia

Por LEONENCIO NOSSA E NERI VITOR EICH
Atualização:

O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, anunciou hoje em entrevista no Palácio do Planalto, ao lado da ministra Marina Silva, que nos 36 municípios da Amazônia com maiores índices de desmatamento estão proibidas emissões de novas autorizações de derrubada da mata e que o embargo de propriedades em que ocorrerem desmatamentos ilegais será obrigatório. Segundo o secretário, nos últimos três anos houve redução de 59% no desmatamento. Apesar do desmatamento "nunca visto" registrado em novembro e dezembro do ano passado, ele assegurou que "não está havendo aumento de desmatamento na Amazônia, isso não aconteceu". Ele assegurou que o desmatamento recorde de novembro e dezembro é "localizado" e que o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) permite o acompanhamento em tempo real justamente para verificar esses episódios e "impedir que tendências isoladas permaneçam". Segundo Capobianco, "não há como afirmar que as medidas (adotadas pelo governo) não dão resultado", pois houve redução do desmatamento em três anos consecutivos. "No ano passado, foi o melhor índice de desmatamento desde 1991, quando tínhamos muito menos população na Amazônia e a capacidade de integração era muito menor. O desafio é que nós possamos, em 31 de julho de 2008, comemorar o 4º ano de redução. Isso exigirá um esforço redobrado."

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