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Diesel menos poluente tende a ganhar mercado, diz executivo da Petrobras

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Por Redação
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Com a perspectiva de renovação da frota de veículos pesados no Brasil nos próximos anos, a tendência é que o diesel S-500, atualmente mais barato e mais poluente, perca espaço para o S-10, mais caro e com menor teor de enxofre, disse um executivo da Petrobras nesta terça-feira. Os veículos pesados mais antigos usam basicamente o combustível mais poluente e mais barato. Mas desde 2012 veículos pesados fabricados no país passaram a usar um novo motor que opera preferencialmente com o diesel S-10 --atualmente, a estatal comercializa dois tipos de combustível. "A tendência é essa (de um diesel mais caro) e menos poluente. Mas tem que ver como vai ser a política de preços da companhia", disse a Reuters o gerente de soluções comerciais e desenvolvimento de produtos do Abastecimento da Petrobras, Frederico Kremer, após evento no Rio de Janeiro. No longo prazo, os veículos novos apresentam melhor desempenho com o diesel menos poluente, o que leva o executivo a crer que a renovação da frota sustentará o crescimento do consumo do S-10. Por outro lado, explicou Kremer, em veículos mais antigos, o uso do S-10 é ineficiente, uma vez que o motor não está adaptado para absorver benefícios, como a menor emissão de gases, menor desgaste de peças e menor despesa com manutenção. "Evidentemente que não sabemos qual vai ser a política de preços da Petrobras, mas o S-500 vai pouco a pouco saindo do mercado com a frota de veículos S-10 que será mais demandado. Não temos hoje como prever qual será esse preço (futuro)...", acrescentou ele. "Não sabemos quando essa inversão vai acontecer, mas essa é um tendência." O diesel menos poluente, o S-10, custa em média 20 centavos a mais que o S-500, que possui maior teor de enxofre na sua composição. Segundo o diretor da Petrobras Distribuidora, Luis Lima Filho, o S-10 já representa cerca de 27 por cento das vendas da estatal no mercado. Ele é comercializado em mais de 4 mil postos pelo país. GASOLINA A estatal começou tirou do mercado a partir de 1o de janeiro a gasolina S-800 e passou a comercializar apenas a S-50, com teor máximo de enxofre de 50 mg por quilo. A mudança na qualidade da gasolina coloca o Brasil no mesmo nível de países da Europa, Estados Unidos e Japão, segundo a empresa. A alteração não vai afetar a política de preços e importações da companhia. Desde 2005, a estatal já investiu mais de 20 bilhões de reais na construção de unidades em suas refinarias para melhorar a qualidade de seus combustíveis. (Por Rodrigo Viga Gaier)

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