GASOLINA
Dilma disse que é um "absurdo" afirmarem que ela está represando reajustes de tarifas que são administradas pelo governo.
"(Isso) depende da métrica, depende do método e depende dos interesses", argumentou, acrescentando que o reajuste da gasolina ficou "um pouco acima da inflação" no seu mandato.
Pelos cálculos da presidente, os combustíveis tiveram reajustes de 31 por cento na refinaria no seu mandato. Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar perto de 27 por cento ao longo dos quatros anos do governo Dilma.
Segundo ela, antes de defender que os preços dos combustíveis oscilem de acordo com o valor internacional do barril de petróleo é preciso saber como esse mercado funciona e indicou que isso não deve ocorrer no Brasil.
"O mercado de petróleo funciona assim: há uma rusga entre os Estados Unidos e qualquer país do Oriente Médio, o petróleo dispara... o que eu quero dizer é que os fatores geopolíticos influenciam o preço do combustível", argumentou.
Por isso, afirmou Dilma, não é possível que o país pegue todo petróleo "que é produzido aqui no Brasil com custo brasileiro e coloque ele linkado a um preço internacional".
"Isso não quer dizer que nós não temos que buscar cada vez mais, da nossa forma, métodos de avaliar e de valorizar o combustível, de reajustá-lo ou não", acrescentou.
(Por Jeferson Ribeiro; Edição de Alexandre Caverni)