Dilma diz que escolha de caças da FAB dependerá de crescimento do país

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Por Redação
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A decisão sobre o novo caça da Força Aérea Brasileira (FAB) terá de esperar pela retomada do crescimento da economia brasileira, alertou nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff durante visita a Paris. Um dos finalistas do processo de escolha do novo caça é o Rafale, da francesa Dassault. Também estão na disputa o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab. "Nós adiamos, de fato, a opção por um dos três caças, isso pode levar ainda algum tempo, depende da recuperação do país", disse Dilma em entrevista coletiva ao lado do presidente francês, François Hollande. A presidente demonstrou cautela com o agravamento da crise econômica internacional e sinalizou que seu governo vai priorizar gastos para garantir que haja as ferramentas para fazer frente às turbulências. "Isso nos leva a tomar extrema cautela ao decidir gastos além daqueles que necessitamos para fazer os estímulos fiscais que o nosso país precisa para sair da crise, tais como desonerações, (e) investimento em infraestrutura", disse. O processo de escolha de caças para a FAB foi iniciado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de uma tentativa frustrada de selecionar uma nova aeronave de combate na gestão de Fernando Henrique Cardoso, cancelada por Lula no início de seu governo e, posteriormente, retomada do zero pelo ex-presidente. "Nós esperamos que o Brasil cresça nos próximos meses a uma taxa que dê possibilidade para que nós possamos voltar com esse assunto para a nossa pauta como sendo um assunto prioritário", disse Dilma. O Brasil pretende gastar pelo menos 4 bilhões de dólares na aquisição de 36 novos caças. (Reportagem de Gerard Bon; reportagem adicional de Eduardo Simões, em São Paulo)

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