Dilma propõe uso de mais tecnologia para combate ao crime

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, se propôs a investir em inteligência, tecnologia e valorização de policiais para combater o crime organizado, um dia depois do confronto entre policiais e traficantes que haviam invadido um hotel de luxo no Rio de Janeiro. "A grande tarefa no governo, a partir de 2011 até 2014 , e nos outros governos sucessivos que vierem, será combater e derrotar o crime," disse Dilma a jornalistas antes de reunir-se com o coordenador de seu programa de governo, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e com o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Na reunião, a cúpula da campanha petista pretende alinhavar as propostas das equipes setoriais para a plataforma de governo. O foco do programa na área de Segurança Pública está na integração das polícias Federal, Rodoviária, Militar e Civil, além do investimento em inteligência e na valorização dos profissionais da área. "Não é o fato de eu criar um ministério que garante que eu tenha uma boa polícia", disse a candidata, discordando da proposta de seu adversário, o tucano José Serra, de criar um ministério específico para a área de Segurança Pública. "Eu manteria um Ministério da Justiça, gastando cada vez mais na Segurança Pública," completou Dilma. Dentre as propostas está a compra de dez Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), de tecnologia israelense, para o patrulhamento de fronteiras e de área ocupadas por facções criminosas, como é o caso de alguns morros do Rio de Janeiro. Questionada sobre se o uso da tecnologia militar intensificaria o sentimento de que há uma guerra no Rio de Janeiro, a candidata afirmou que o crime tem de ser combatido "com a melhor arma disponível." "Isso não significa guerra civil. Significa sair da improvisação e passar para o profissionalismo." No último sábado, um grupo armado invadiu um hotel cinco estrelas em área nobre do Rio de Janeiro para escapar de perseguição policial e fez 35 reféns, entre funcionários e hóspedes. Após tiroteio, pelo menos dez pessoas foram presas e uma mulher - que, de acordo com a polícia, tinha ligações com o tráfico-- foi morta. PROPAGANDA ELEITORAL Dilma voltou a repetir que a campanha adversária supôs uma "ingenuidade" dos eleitores ao usar imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos programas eleitorais de José Serra. "Quem foi contra o Lula durante os oito anos de mandato, quem durante a campanha de 2002 que o Lula foi eleito incentivou a teoria do medo e disse, sistematicamente, de manhã e de tarde, que nós somos um governo que ele discorda de tudo e de noite ele usa o Lula, pelo amo de Deus, eu não vou nem discutir a ação... Não acredito que o povo seja ingênuo." O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, no sábado, que somente Lula poderia questionar na Justiça o uso de sua imagem pelo programa eleitoral na TV da coligação de José Serra. A coligação de Dilma havia entrado com dois pedidos para que fosse proibida a exibição. (Reportagem de Maria Carolina Marcello; Edição de Marcelo Teixeira)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.