Dilma vê redução de investimento estrangeiro em 2009

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Por Redação
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O Brasil deve receber um volume menor de investimentos estrangeiros diretos em 2009 por conta da desaceleração global, mas a queda não será tão acentuada como em crises anteriores, afirmou nesta quinta-feira a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Vai haver uma redução do investimento estrangeiro direto, mas não será dramática como se viu no passado, até porque o Brasil tem grandes oportunidades rentáveis de investimento", afirmou a ministra durante um almoço com empresários, promovido pela Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Banco Central estima uma leve queda nos investimentos estrangeiros no próximo ano. De acordo com as projeções, os investimentos somarão 33 bilhões de dólares em 2009, ante 35 bilhões de dólares neste ano. Apesar de admitir o impacto da crise sobre a entrada de investimentos, a ministra ponderou que o balanço de pagamentos do país como um todo sofrerá uma pressão menor, já que a crise internacional deve reduzir o volume de importações e a conta de serviços registrará menor volume nos gastos com viagens no exterior. Além disso, a retração na atividade deve promover uma queda no volume de remessas líquidas de lucros e dividendos de empresas instaladas no país para suas matrizes no exterior --movimento que pressionou as contas externas brasileiras ao longo dos últimos meses. A ministra também destacou que a meta de crescimento do governo para 2009, de 4 por cento, não significa excesso de confiança. "Trabalhamos com essa meta de 4 por cento não porque somos fantasistas, mas porque temos clareza hoje que um governo sem metas não tem perspectiva, e ele não unifica todos os seus agentes, ele não sinaliza qual é a conjuntura que vê para o conjunto da sociedade", afirmou. (Reportagem de Renato Andrade)

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