Dinamarqueses são os europeus 'mais satisfeitos', diz pesquisa

'Índice de felicidade' do país foi de 8,3 em uma escala de um a dez; Suécia e Finlândia aparecem logo atrás

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os dinamarqueses são os europeus mais satisfeitos e realizados, de acordo com uma nova pesquisa sobre a qualidade de vida nos países membros da União Européia. Veja também:Brasil é 7º em satisfação com a vida na América Latina O "índice de felicidade" alcançado pela Dinamarca foi de 8,3 em uma escala de um a dez. Suécia e Finlândia aparecem logo atrás. Os europeus menos felizes estão na Bulgária, onde o índice ficou em 5,8 - quase dois pontos abaixo da média européia, que foi de 7,5. Grã-Bretanha, França, Espanha e Alemanha ficaram entre o 10º e o 15º lugares na lista. A Itália ficou em 22º e Portugal, em 26º. A Eurofound, órgão da União Européia sediado na Irlanda, entrevistou mais de 35 mil pessoas com mais de 18 anos nos 27 países membros, na Noruega e em outros três países que pleiteiam ingressar no bloco - Croácia, Macedônia e Turquia. Diferenças Pessoas com renda mais alta, boa saúde, emprego garantido e altos níveis de instrução expressaram maior satisfação com a vida e se disseram mais felizes e realizadas. As pessoas que vivem com um companheiro e filhos também disseram ter um nível mais alto de satisfação. Além da Bulgária, outros países do leste da Europa, como Romênia e Letônia, ficaram no final da lista de "mais satisfeitos". "As diferenças em termos de satisfação de vida e atitude em relação ao futuro realçam as significativas desigualdades nas condições de vida e na experiência da vida diária para os europeus", afirma Jorma Karppinen, diretor da Eurofound. "Em particular, o bem-estar em países que eram socialistas varia imensamente entre os grupos sociais e demográficos", acrescenta Karppinen. "Há desvantagens acentuadas associadas à baixa renda, e as pessoas mais idosas são mais propensas a relatar descontentamento com sua situação." Família A família é prioritária para a maioria das pessoas, de acordo com a pesquisa. Mas as responsabilidades em casa, por exemplo, são compartilhadas de maneira desigual entre mulheres e homens. As mulheres estão mais propensas a se envolver em atividades diárias de assistência, gastando também mais tempo em tarefas domésticas. Nos 27 países da União Européia, as mulheres disseram gastar 33 horas por semana, e os homens, mais de 18 horas, nos cuidados e educação dos filhos. A pesquisa apontou ainda que as mulheres gastam 18 horas por semana cozinhando e fazendo trabalhos domésticos, contra dez horas por semana para os homens. A saúde é outro fator prioritário - quatro entre cinco europeus (81%) disseram que a boa saúde é "muito importante" para a sua qualidade de vida. Confiança A Eurofound também procurou avaliar a qualidade do ambiente e da sociedade. A pesquisa apurou ainda o nível de confiança em outras pessoas e instituições em uma escala de um a dez. O resultado indicou que pessoas de países nórdicos e da Holanda expressam os níveis mais altos de confiança. As pessoas que vivem no Chipre expressam os níveis mais baixos de confiança, seguidas pelos entrevistados da Macedônia. As entrevistas foram realizadas entre setembro de 2007 e fevereiro de 2008.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.