Dívida pública cai 1,5% em janeiro e fecha em R$ 2,7 trilhões

Resgates de títulos e correção de juros foram os motivos para a queda da dívida, segundo dados do Tesouro Nacional

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Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Rachel Gamarski e Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:
A Dívida Pública Federalinclui a dívida interna e externa Foto: Fábio Motta/Estadão

BRASÍLIA - O estoque da dívida pública federal (DPF) começou o ano com queda de 1,54% em janeiro e atingiu R$ 2,749 trilhões em janeiro. Os dados do Tesouro Nacional mostram que em dezembro o estoque estava em R$ 2,793 trilhões.

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Essa redução se deu pelo resgate líquido de R$ 78,38 bilhões e pela correção de juros no estoque de R$ 35,26 bilhões. O coordenador-geral de operações da dívida pública, José Franco, justificou que "há um vencimento muito grande de títulos prefixados em janeiro".

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 1,63% e fechou janeiro em R$ 2,606 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou praticamente estável, registrando alta de 0,04%, para R$ 142,9 bilhões no mês passado (US$ 35,35 bilhões). 

Credores. Os estrangeiros aumentaram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em janeiro. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da dívida interna subiu de 18,79% em dezembro para 18,91% em janeiro, somando R$ 492,86 bilhões. A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve queda de 25,01% em dezembro para 23,28% em janeiro. Os Fundos de Investimentos aumentaram a fatia de 19,55% para 19,86%. Já as seguradores tiveram crescimento na participação de 4,58% para 4,65%.

Tipo de dívida. A parcela de títulos prefixados caiu de 39,43% em dezembro para 36,08% no primeiro mês deste ano. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, aumentaram a fatia, de 22,78% para 24,78%. Os títulos remunerados pela inflação subiram para 33,63% no mês, ante 32,52% em dezembro. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 5,26% em dezembro para 5,50% em janeiro.

Apenas os papéis atrelados ao câmbio estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF). Os títulos prefixados e os atrelados à inflação estão acima do intervalo definido pelo Tesouro, enquanto os atrelados à Selic estão abaixo.

O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2016 vai de 30% a 34%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 29% a 33%. O intervalo para os títulos atrelados ao câmbio fica entre 3% e 7% e os prefixados devem variar entre 31% e 35%.

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