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Dois aviões da Lufhtansa devem dar pistas à Air France

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Por Redação
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Dois jatos da Lufthansa que passaram pela mesma área onde acredita-se que meia hora antes havia estado o voo desaparecido da Air France devem dar pistas para a investigação, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A agência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta terça-feira que tem informações preliminares indicando que as duas aeronaves registraram dados sobre a temperatura e os ventos. As aeronaves, no entanto, não estavam equipadas para transmitir automaticamente informações sobre a turbulência. Aviões de busca do Brasil localizaram destroços no oceano Atlântico nesta terça-feira. As peças podem fazer parte dos restos do voo 447 da AirFrance que levava 228 pessoas e sumiu em uma tempestade na madrugada de domingo para segunda. Herbert Puempel, chefe da divisão de meteorologia aeronáutica da OMM, disse que é altamente improvável que um raio ou que o mau tempo tenha causado o acidente, mas que eles podem ter contribuído. "Dois aviões da Lufthansa estavam nos arredores, mas como não sabemos o lugar exato do acidente, é extremamente difícil dizer o quão perto eles estavam", disse Puempel à Reuters. Acredita-se que as duas aeronaves iam da América do Sul para a Europa, mesma direção do voo Paris-Rio da Air France, com cerca de 30 minutos de antecedência. "É difícil avaliar o valor dessa observação quando você não sabe a distância em que ela foi feita", afirmou. "Mas as observações certamente serão usadas pelo grupo de investigação." Mais de 5 mil aeronaves coletam dados para o Aircraft Meteorological Data Relay Programme, da OMM (programa de transmissão de dados meteorológicos por aeronaves, Amdar na sigla em inglês). Os dois aviões da Lufthansa participam do sistema, mas não o voo da AirFrance, de acordo com a agência sediada em Genebra. Os dados servem para a previsão do tempo e para os sistemas de alerta contra desastres naturais. Fenômenos climáticos associados a tempestades com raios normalmente bastante localizados e breves, disse Puempel. Se um avião registra turbulência, é improvável que outro que passe pela área a perceba mesmo que isso ocorra pouco tempo depois.

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