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Dólar cai pela sétima vez seguida e vai a R$1,75

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Por Redação
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Diante de um otimismo maior sobre a situação europeia e com mais recursos externos entrando, o dólar encerrou esta quinta-feira em baixa frente ao real, cravando a sétima queda seguida. O dólar fechou a sessão a 1,7505 real, com baixa de 0,51 por cento, acumulando perdas de 7,48 por cento desde o último dia 3. "O acordo na zona do euro trouxe mais tranquilidade", afirmou o operador de câmbio da Interbolsa Ovídeo Soares, referindo-se à aprovação, pelo Parlamento eslovaco, da extensão da ajuda ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês). Com isso, todos os 17 países da zona do euro já aprovaram a ajuda maior ao fundo de resgate, trazendo mais alívio aos mercados. O próprio EFSF informou que está pronto para usar novos instrumentos no futuro próximo. O Banco Central (BC) mais uma vez ficou fora do mercado nesta quinta-feira, depois de atuar por meio de leilões de swap cambial --que, na prática, equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro-- até o início de outubro. Segundo especialistas, o fluxo cambial positivo também ajuda a manter a tendência de queda do dólar agora, depois de fechar setembro com alta acumulada de 18 por cento, o maior recuo mensal em nove anos e impulsionada pelos temores de um calote na Grécia. "Está entrando dólares, sobretudo via exportação", ressaltou o diretor de câmbio da corretora Pionner, João Medeiros. "A tendência, pelo menos por enquanto, é de que o dólar continue assim." Na primeira semana de outubro, o fluxo cambial --entrada e saída de moeda estrangeira no país-- ficou positivo em 3,458 bilhões de dólares, bem acima dos 400 milhões de dólares vistos na última semana de setembro. Entre os dias 3 e 7 passados, a conta financeira apresentou entrada líquida de 1,625 bilhão de dólares, com compras de 10,319 bilhões de dólares e vendas de 8,694 bilhões de dólares. No período, a conta comercial mostrava saldo positivo de 1,833 bilhão de dólares, com exportações de 6,133 bilhões de dólares e importações de 4,300 bilhões de dólares. (Reportagem de Patrícia Duarte)

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