Dona do Parque da Xuxa é condenada por forjar flagrante

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Por AE
Atualização:

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou a empresa Lars Empreendimentos Ltda., proprietária do parque de diversões "Mundo da Xuxa", localizado na zona sul de São Paulo, a indenizar um advogado de Belo Horizonte em R$ 50 mil por danos morais e materiais. A empresa foi condenada por ter forjado um flagrante em que a vítima foi injustamente presa. Segundo o TJMG, um médico de Belo Horizonte, cliente do advogado, esteve no "Mundo da Xuxa" com suas duas filhas em agosto de 2003. Após um problema em um dos brinquedos do parque, as filhas do médico caíram de uma altura de oito metros e sofreram vários ferimentos. Na tentativa de fechar um acordo e impedir que o ocorrido se tornasse público, uma representante da Lars Empreendimentos entrou em contato com o advogado para agendar uma reunião em São Paulo. Durante o encontro, a sala foi invadida por vários policiais que deram voz de prisão a ele e a seu cliente. Ambos foram levados à delegacia responder por flagrante por suposto crime de extorsão. Ao julgar o caso em 1ª instância, a juíza Luziene Medeiros do Nascimento Barbosa Lima, da 5ª Vara Cível de Belo Horizonte, entendeu que houve ato ilícito praticado pela empresa. Na sentença, ela mencionou que um funcionário da Lars Empreendimentos solicitou o flagrante a um delegado seu amigo. No recurso ao Tribunal de Justiça, a empresa alegou ter agido no exercício regular de direito. O advogado também recorreu pedindo aumento do valor da indenização, mas os desembargadores mantiveram a sentença.

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