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´Doutor Morte´ é libertado após oito anos na prisão

Jack Kevorkian, que teria ajudado na realização de pelo menos 130 suicídios nos Estados Unidos, é solto depois de cumprir pena de oito anos por homicídio

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Por Redação
Atualização:

O médico legista Jack Kevorkian, apelidado de "Doutor Morte" por suposta participação em pelo menos 130 suicídios assistidos, deixou a prisão após oito anos, reafirmando que as pessoas têm o direito de morrer. Sorridente, Kervokian, agora com 79 anos, disse estar passando por "um dos grandes momentos da vida" ao deixar a prisão, acompanhado do advogado. O jornalista Mike Wallace, de 89 anos, que transmitiu pela televisão um suicídio assistido por Kervokian - reportagem que levou ao julgamento e condenação do médico - encontrou-se com ele do lado de fora da cadeia, e o abraçou. Kervokian deverá aparecer no programa de televisão "60 Minutes" no domingo, 3. O advogado Mayer Morganroth disse que o médico não fará declarações nesta sexta-feira, mas deverá conceder uma entrevista coletiva na próxima semana. Durante a década de 90, Kervokian desafiou as autoridades a legalizar sua atividade, ou prendê-lo. Ele queimou ordens judiciais contra sua pessoa e apareceu fantasiado para um audiência judicial. "Você acha que vou obedecer a lei? Você está louco", disse ele, em 1998, antes de ser acusado - e preso - pelo assassinato de Thomas Youk, de 52 anos. Kevorkian havia gravado a morte de Youk em vídeo e enviado a fita ao "60 Minutes". Ele havia sido condenado a uma pena mínima de 10 anos, mais saiu mais cedo por bom comportamento. O médico prometeu nunca mais ajudar uma pessoa a se matar, mas sua assessora, Ruth Holmes, diz que as opiniões de Kervokian não mudaram. "Este deveria ser um assunto tratado, fundamentalmente, entre o paciente, o médico, a família e Deus", disse Holmes, descrevendo a posição do médico.

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