Drone usado em busca por avião da Malaysia vai a profundidade recorde e corre risco

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Um drone submarino usado para procurar no Oceano Índico o avião da Malásia desaparecido em março bateu seu recorde de profundidade, submetendo o equipamento a um risco inédito, mas a esperança de que pudesse encontrar destroços logo arrefeceu. O Bluefin-21 da Marinha dos Estados Unidos e seu sonar "escâner lateral" se tornaram peça central da busca cerca de dois mil quilômetros a oeste da cidade australiana de Perth, onde as autoridades acreditam que o voo MH370 da Malaysia Airlines MASM.KL atingiu o oceano depois de desaparecer dos radares em 8 de março com 239 pessoas a bordo. A busca se concentrou em uma área do tamanho de uma cidade onde uma série de sinais levaram as autoridades a crer que a caixa-preta do avião pode ser localizada. Mas depois de mais de uma semana sem um sinal, e quase duas semanas depois da expectativa de duração da bateria da caixa-preta, as autoridades recorreram ao Bluefin-21. Mas as pesquisas do veículo não-tripulado no leito do oceano, pouco mapeado, foram frustradas por um mecanismo de segurança automático que o envia de volta à superfície quando excede a profundidade de 4,5 quilômetros. Suas buscas ainda não resultaram em nenhum sinal do avião. Nesta sexta-feira, enquanto os pesquisadores esperavam que o submarino de controle remoto voltasse de sua quinta missão, a Marinha dos Estados Unidos disse que o Bluefin-21 atingiu a profundidade recorde de 4.695 metros em sua missão anterior. "Esta é a primeira vez que o Bluefin-21 foi tão fundo", disse o porta-voz da Marinha, o primeiro-tenente Daniel S. Marciniak, em um comunicado. "Mergulhar a tal profundidade envolve algum risco residual ao equipamento, e isso está sendo monitorado cuidadosamente pela Marinha dos EUA e pelo proprietário, Phoenix International PHIN.BO". (Por Byron Kaye)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.