Economistas veem inflação no topo da meta em 2014 e Selic a 11,25%

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Por Redação
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Economistas de instituições financeiras fizeram pequenos ajustes a suas projeções econômicas e passaram a projetar a inflação no topo da meta do governo este ano, ao mesmo tempo em que continuam vendo mais uma alta na Selic em maio. Pesquisa Focus do Banco Central mostrou nesta segunda-feira que os economistas interromperam sete semanas seguidas de alta ao reduzirem a projeção para o IPCA deste ano em 0,01 ponto percentual, a 6,50 por cento. Na pesquisa divulgada na semana passada eles projetaram pela primeira vez neste ano a inflação acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Os alimentos vêm contribuindo para que a inflação permaneça em patamares elevados, mas os analistas também mantêm o sinal de alerta com a pressão dos preços de serviços e administrados, com destaque para a energia elétrica. A expectativa agora gira em torno da divulgação no dia 9 de maio dos dados de abril do IPCA, depois de sua prévia, o IPCA-15, ter acumulado em 12 meses alta de 6,19 por cento neste mês. No Focus, a projeção de alta dos preços administrados neste ano subiu 0,05 ponto percentual, para 4,75 por cento. Já o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, vê o IPCA este ano a 6,59 por cento, inalterado ante a semana anterior. Para 2015, a perspectiva para a inflação no Focus foi mantida em 6,00 por cento, enquanto nos próximos 12 meses os economistas veem o indicador a 6,00 por cento, 0,07 ponto percentual a menos. POLÍTICA MONETÁRIA Em relação à taxa básica de juros, atualmente em 11 por cento, o Focus mostra que os economistas continuam vendo a Selic a 11,25 por cento no final deste ano, pela quinta semana seguida. Após nove altas, eles ainda veem nova elevação de 0,25 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), mesmo após uma série de indicações feita pelo próprio BC de que pretende interromper o movimento para avaliar os efeitos "defasados" da política monetária. O Top 5 de curto prazo, por sua vez, vê manutenção da Selic em 11 por cento em maio, enquanto o Top-5 de médio prazo manteve a perspectiva para a taxa em 2014 de 11,88 por cento. Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas consultados melhoraram levemente o cenário, elevando a perspectiva de expansão em 2014 a 1,65 por cento, ante 1,63 por cento. (Por Camila Moreira)

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