
12 de maio de 2014 | 09h33
De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, a projeção para o IPCA neste ano foi reduzida em 0,11 ponto percentual, a 6,39 por cento.
A meta do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Em abril, o alívio nos preços de alimentos e transportes ajudou a inflação a desacelerar a alta a 0,67 por cento, o que evitou uma aproximação ainda mais forte do teto da meta do governo.
Entretanto, a 6,28 por cento em 12 meses, o IPCA permanece em níveis elevados e a pressão proveniente de serviços e preços de administrados, destacadamente da energia elétrica, mantém o sinal de alerta ligado. A projeção de alta dos preços administrados neste ano no Focus foi mantida em 5,00 por cento.
Mas o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, ainda vê o IPCA estourando o teto da meta este ano, a 6,69 por cento, ainda que um pouco menos do que os 6,67 por cento da semana anterior.
Para 2015, o Focus aponta expectativa de inflação de 6,00 por cento, inalterado ante a pesquisa anterior, enquanto nos próximos 12 meses os economistas veem o indicador a 5,88 por cento, 0,05 ponto percentual a menos.
JUROS
O resultado abaixo do esperado do IPCA de abril e o fato de não ter se aproximado do teto da meta com mais força como se esperava dá mais argumentos para que o Banco Central pare de elevar a Selic neste mês, como já sinalizou anteriormente.
Assim, os economistas consultados no Focus continuam vendo manutenção da taxa básica de juros em 11 por cento na reunião dos dias 27 e 28 do Comitê de Política Monetária (Copom).
E também mantêm a perspectiva de que a Selic encerrará o ano a 11,25 por cento, só que agora com uma alta de 0,25 ponto percentual em dezembro e não mais no final de outubro, como previsto na pesquisa anterior.
Já o Top-5 de médio prazo projeta a taxa básica de juros este ano a 11,75 por cento, ante 12,13 por cento na semana anterior.
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas consultados no Focus elevaram a perspectiva de crescimento em 2014 a 1,69 por cento, ante 1,63 por cento.
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