Ecossistema da América do Sul está em sério perigo

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Por Redação
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Quarenta por cento das espécies da América do Sul estão ameaçadas pelo uso irracional dos recursos naturais, o que demonstra a necessidade de um esforço integral para preservar o futuro da região com a maior biodiversidade do mundo, assegurou nesta quarta-feira a União Mundial para a Conservação (UMC). Ao menos 4.118 das 10.930 espécies monitoradas estão ameaçadas por fatores que vão desde a mudança climática até a pobreza que afeta a metade dos habitantes dos países sul-americanos, informou a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UMC. O número de espécies em perigo na região cresceu 0,7 por cento entre 2006 e 2007, indicou o relatório que é considerado o documento de maior autoridade sobre a flora e fauna do planeta. O organismo, que reúne diversas instituições estrangeiras, reiterou ainda que seis espécies permanecem na categoria de desaparecidas em estado selvagem, enquanto que outras 29 estão na de extintos. A UMC incluiu neste ano em sua "lista vermelha" três espécies de corais de Galápagos por causa das mudanças climáticas, o peixe cherne-poveiro brasileiro e o peixe de água doce "Austrolebias cinereus" do Uruguai por causa da degradação de seu hábitat. O desafio da América do Sul é aplicar uma proteção efetiva em suas espécies, explorando ações inovadoras para frear sua extinção, incluindo a participação privada na preservação dos ecossistemas ou a instrumentalização de mecanismos econômicos alternativos para evitar a sua exploração, afirmou a entidade. "Precisamos começar a trabalhar em ações mais pontuais", disse a autoridade da UMC-Sul, Arturo Mora, à Reuters. "Acompanhamos com preocupação o fato do número de espécies ameaçadas ter aumentado e isso nos obriga a ter um controle maior." As espécies ameaçadas correspondem a 10 por cento das aves, 15 por cento dos mamíferos e 25 por cento dos anfíbios da América do Sul.

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