Egípcios se preparam para votar em referendo constitucional

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Por Redação
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Os egípcios votarão esta semana pela primeira vez desde a queda de Mohamed Mursi em um referendo constitucional que provavelmente vai dar um impulso final para a candidatura presidencial do homem que o depôs, o chefe do Exército, o general Abdel Fattah al-Sisi. Já há algumas conclusões sobre o processo de aprovação da Constituição reescrita: a agora banida Irmandade Muçulmana, de Mursi, está pedindo um boicote ao invés de um "não" na votação, enquanto muitos egípcios que apoiaram sua derrubada devem votar "sim" em uma demonstração de apoio ao Exército que substituiu o regime islâmico. O Estado está pedindo aos cidadãos para votar na terça-feira e quarta-feira. Analistas dizem que a expectativa é de que a taxa de participação e o "sim" superem cédulas conquistadas pela Irmandade Muçulmana para dar uma nova ordem à legitimidade eleitoral. "O Egito está no limiar de uma etapa decisiva em sua história, cujos resultados são aguardados pelo mundo", disse Sisi no sábado, em declarações públicas, que incluíram a indicação mais clara até agora de que ele vai ficar. "Se eu ficar, então deve ser a pedido do povo, e com um mandato de meu Exército", disse o militar de 59 anos, que é representado por seus partidários como um salvador que irá restaurar a estabilidade de um país em turbulência há três anos. Sisi depôs Mursi, primeiro presidente eleito livremente no Egito, em 3 de julho, após protestos em massa contra seu governo. Seus oponentes islâmicos o vêm como o mentor de um golpe de Estado que desencadeou o pior conflito interno na história moderna do Egito. (Por Tom Perry)

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