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'Ela quer justificar o injustificável', diz pai de bebê

Por Angela Lacerda
Atualização:

Claudio Dutra Sampaio, de 38 anos, pai do bebê de sete meses supostamente agredido pela babá Ângela Cristina de Souza, de 36 anos, reagiu hoje às declarações da acusada ao depor à polícia."Ela quer justificar o injustificável", disse. Ele assegurou que a criança não foi levada recentemente ao pediatra e que nenhum médico recomendou uso de pomada no pênis do seu filho.A família de Iguarassu (PE) decidiu comprar a câmera e gravar o que se passava em casa na sua ausência, por estar desconfiado. O bebê aparecera com uma feridinha no pênis, muito antes da filmagem, e a babá disse que havia sido durante o banho. Vizinhos também alertaram que o bebê estava chorando muito nos períodos em que os pais estavam ausentes. Claudio disse ter ficado chocado ao assistir o vídeo que mostra as cenas de agressão ao lado da mulher, Alexsandra Santana, de 26 anos. "Bater no meu filho, pegá-lo pelo pescoço é brincadeira?". Em um vídeo de quatro horas gravado na quinta-feira por uma câmera acoplada ao computador da casa, a babá aparece jogando água no rosto da criança, segurando-a pelo pescoço, jogando-a em cima do sofá, dando palmadas e manipulando seu órgão sexual. As cenas foram classificadas pela babá como "brincadeiras".Babá A babá está sendo acusada de agressão e abuso sexual, mas negou, em depoimento à polícia no Recife, a prática de qualquer tipo de maus-tratos à criança. "Sou acostumada a cuidar de crianças, não iria fazer uma barbaridade", disse, ao assegurar que vai provar sua inocência.Ângela Cristina, que cuidou do bebê de 1º de março a 22 de abril, deu entrevista com o rosto coberto, depois de quase três horas de depoimento. Ela disse ter um sobrinho pequeno e admitiu que se tivesse visto um vídeo semelhante com o seu sobrinho, iria pensar "o mesmo que vocês (repórteres) estão pensando". A delegada da GPCA, Mariana Vilasboas, que preside o inquérito policial, afirmou que as imagens do vídeo configuram maus-tratos e estupro de vulnerável (como é considerado qualquer ato libidinoso contra menor a partir da Constituição de agosto de 2009).

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