
12 Março 2012 | 03h02
Até que começou a acordar com falta de ar. Um dia ele chegou à minha casa todo roxo, sem conseguir respirar direito. Achei que fosse coração. Falei para ele ir ao cardiologista.
Quando foi, (o médico) já internou e apareceu essa doença, a fibrose pulmonar, que ninguém sabe de onde veio.
Foram dois anos de exames até ele entrar para a fila do transplante. O estado de saúde dele foi piorando a cada dia, e os médicos tinham de deixá-lo mais tempo ligado ao aparelho de oxigênio.
Ele não andava mais. Quando começava a comer, tinha de parar. Mas ele nunca se entregou, sempre lutou pela vida.
Quando foi chamado para assinar o papel para receber o pulmão recondicionado, ainda perguntei se era isso mesmo que ele queria. Meu filho, então, me respondeu: "É tudo ou nada". / C.T.
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