Eleição no Jockey do Rio vira caso de polícia

Os dois candidatos à presidência trocam acusações, enquanto entidade é investigada

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Por Heloisa Aruth Sturm
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A entrada em cena da Polícia Federal e da Receita Federal para investigar crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e formação de caixa 2 é o mais recente episódio em uma das disputas eleitorais mais acirradas do Rio de Janeiro. O cenário onde se desenvolve toda a trama é o Jockey Club Brasileiro, tradicional reduto da elite carioca e palco glamouroso por onde transitam famílias de renome. Na última quarta-feira, agentes federais realizaram a Operação Grande Prêmio, cumprindo mandados de busca e apreensão nas sedes do clube e da empresa Codere do Brasil Entretenimento, que registra apostas em corridas de cavalo. A polícia investiga se há apostas e pagamentos de prêmios não contabilizados, com suspeita de remessa ilegal de dinheiro ao exterior. O atual presidente do clube, Luís Eduardo Carvalho, atribui as acusações à intriga da oposição. "Estão tentando criar situações de embaraço, mas nós espontaneamente entregamos toda a documentação para demonstrar a lisura dos negócios feitos entre o Jockey e a Codere, pois não há nada de errado", defende-se. Carlos Palermo, presidente da Sociedade Hípica Brasileira e candidato concorrente de Carvalho à presidência do Jockey, rebate: "Só pode ser brincadeira dele achar que um grupo ou um sócio, por causa de uma eleição do Jockey, tem poder para mandar na Polícia Federal". Às vésperas das eleições, que ocorrem a cada quatro anos e estão previstas para o dia 31 de maio, os ânimos acirrados envolveriam ainda a depredação ao patrimônio privado. Na opulenta sede social do clube, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul da cidade, ofensas ao atual presidente foram pichadas em um dos banheiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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