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'Em alguns lugares não funciona cobrar pelo uso da água'

Por Karina Ninni
Atualização:

ENTREVISTAVicente Andreu, DIRETOR-PRESIDENTE DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA)O titular da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, fala sobre as iniciativas de pagamento pelo uso da água no Brasil.Qual o papel da ANA na implementação da cobrança pelo uso da água?A ANA coordena a implementação em bacias que cortam mais de um Estado. Recolhemos os valores e repassamos, integralmente, à agência de águas responsável pela bacia. Mas é o comitê de cada bacia quem decide as prioridades do investimento do que foi arrecadado.A bacia do São Francisco já cobra pelo uso da água. A transposição não é incompatível com a cobrança pelo uso?Pelo contrário. A transposição é a principal fonte de renda do sistema de cobrança pelo uso da água do São Francisco atualmente: já pagou para a bacia o equivalente a R$ 8 milhões desde que o sistema foi implantado, no segundo semestre do ano passado. Esse sistema é replicável no País inteiro?Acho que há lugares em que funciona e outros em que não se aplica. Por exemplo: na bacia do Amazonas (com grande vazão) acho improvável. Num local onde a vazão média é de 209 mil m³ por segundo (na foz do Amazonas), será difícil convencer usuários de que é necessário pagar pelo recurso.

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