Em campanha no NE, Dilma ressalta transformação na região e critica Aécio

A presidente Dilma Rousseff (PT) reiniciou sua campanha eleitoral no Nordeste, prometendo continuar a transformação que seu governo e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizeram na região, onde ela teve a maioria dos votos domingo passado. E aproveitou para criticar Aécio Neves (PSDB). "Tem gente que olha para o Nordeste com preconceito e não acompanha tudo o que vem acontecendo aqui, nessa região do país", disse, em evento com militantes e lideranças locais. "Tenho orgulho de dizer que fizemos uma transformação no Nordeste, mas sabemos que tem muita coisa para ser feita ainda", acrescentou. "Temos uma dívida histórica com o Nordeste. Todo presidente ou presidenta tem." Dilma, que tenta a reeleição, iniciou seu discurso agradecendo a votação na região. "Não poderia recomeçar a campanha por outro lugar. O Piauí me deu a mais consagradora votação", disse a presidente em Teresina. No Estado, ela recebeu 70,6% dos votos válidos no primeiro turno, sua maior porcentagem estadual. Agora, a petista e o tucano correm atrás dos eleitores de Marina Silva (PSB), que ficou em terceiro lugar no país, mas foi a segunda mais votada no Nordeste. Enquanto a presidente teve 16,4 milhões de votos, Aécio somou 4,2 milhões e Marina, 6,3 milhões.

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Por Redação
Atualização:

CUTUCANDO AÉCIO

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A presidente não perdeu a oportunidade de atacar o candidato do PSDB, dizendo que quando esse partido governava o Brasil ignorava a região.

"Essa visão elitista de quem quando governou o país tirou o pobre do orçamento. Era gente que tinha políticas para um terço da população, diferente de nós", disse. "Agora, o meu adversário vem dizendo que vai fazer o melhor Bolsa Família? E porque não fizeram isso antes?"

Mais tarde, em João Pessoa, o objeto das críticas foi o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, anunciado por Aécio como seu futuro ministro da Fazenda, se for eleito, dizendo que elevou os juros "à estratosfera".

"Ele conseguiu (taxa) desemprego de 11,5 por cento (no país) e hoje é 5 por cento. O Brasil de hoje não é igual ao Brasil deles", disse, em comício.

(Por Vinicius Cherobino)

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