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Em meio a acusações, alunos de Direito reclamam de biblioteca

Estudantes da USP no Largo São Francisco têm dificuldade para fazer pesquisas em acervo dividido em dois prédios

Por CARLOS LORDELO E CEDÊ SILVA
Atualização:

Enquanto se acirram os ânimos entre a reitoria da USP e a Faculdade de Direito - a Congregação da São Francisco, da qual fazem parte alunos, funcionários e professores, decidiu anteontem considerar o reitor João Grandino Rodas persona non grata -, os alunos do Largo São Francisco continuam com problemas para acessar as bibliotecas da faculdade, que contêm cerca de 160 mil livros. Hoje, o acervo dos departamentos está dividido entre o prédio histórico e um edifício anexo, na Rua Senador Feijó, centro da capital paulista. A biblioteca circulante também funciona no prédio auxiliar. A transferência das bibliotecas para o anexo foi um dos últimos atos da gestão do atual reitor da USP quando ocupava a direção da faculdade, em janeiro de 2010. A maneira como as obras foram levadas (em caixas sem identificação) e armazenadas (em pilhas) irritou os estudantes e surpreendeu os funcionários. Dias depois, assim que assumiu o cargo, o atual diretor da São Francisco, Antonio Magalhães Gomes Filho, mandou voltar o acervo. Desde então, ocorreram vários atritos entre o reitor e a direção da São Francisco. Nesta semana, depois que Grandino Rodas produziu boletins da reitoria para criticar a infraestrutura da faculdade - incluindo a decisão de Gomes Filho de levar o acervo de volta para o prédio histórico -, o diretor da faculdade rebateu as denúncias e a Congregação, por decisão unânime, decidiu romper com o reitor. Parte do acervo de quatro departamentos permanece no prédio histórico. Ele não foi levado ao anexo porque o edifício precisa de reforma entre o 5.º e o 9.º andares. Gomes Filho diz que solicita recursos para a obra há mais de um ano, mas só foi atendido pela reitoria em julho. Rodas liberou R$ 700 mil e afirma que "as verbas são suplementadas, desde que solicitadas e justificadas".Escada. O Estado esteve anteontem no prédio da Senador Feijó (conhecido como Anexo 4). Os livros estão distribuídos entre o 2.º e o 4.º andares, que precisam ser vencidos por escada - os elevadores aguardam manutenção. Nessa parte do edifício também há salas de estudo e acesso a computadores ligados à rede da USP, para pesquisa bibliográfica.

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