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Em meio a fiéis, Marcha das Vadias protesta no Rio contra posições da Igreja

Parte dos manifestantes chegou a oferecer camisinhas aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude, mas a maioria recusou os preservativos

Por Heloisa Aruth Sturm
Atualização:

Atualizado às 16h29.

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Mais de mil pessoas estão reunidas em frente ao Posto 5, em Copacabana, para participar da Marcha das Vadias. O grupo protesta contra a alta incidência de estupros no Brasil e contra o Estatuto do Nascituro. Também pede que a presidente Dilma Rousseff sancione o projeto de lei que disciplina uma norma técnica do Ministério da Saúde que atende vítimas de violência sexual.

O ato havia sido marcado no início do mês e tinha sido programado para seguir em direção ao Leme. Porém, com a mudança das atividades da Jornada Mundial da Juventude de Guaratiba para Copacabana, as organizadoras decidiram mudar o trajeto para Ipanema.

"Não estamos querendo confronto. Isso é um contraponto político e uma marcha com muita irreverência", disse Nataragi Trinta, uma das organizadoras. O grupo Católicas pelo Direito de Decidir, que é pró-liberdade de escolha para as mulheres, também acompanha a marcha. "Estamos aqui para falar para a Igreja, especialmente para as mulheres católicas, que elas têm o seu direito de decidir reconhecido no próprio magistério da Igreja Católica", disse a teóloga Yury Orozco, do grupo.

"Em caso de situações-limite, os católicos podem recorrer à sua consciência e tomar decisões independentemente da postura oficial da Igreja Católica. Esse é um respaldo como recurso à consciência e os católicos não devem se sentir culpados".

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