Em SP, bairros saturados podem receber mais prédios

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Por AE
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Consideradas saturadas em 2002, as regiões do Tatuapé, da Lapa e de Santo Amaro, em São Paulo, vão ganhar incentivos à verticalização. É o que apontam as diretrizes do projeto substitutivo ao Plano Diretor, em discussão há três anos na Câmara. As novas normas serão discutidas hoje entre os 55 vereadores, em reunião fechada.Ao todo, o Legislativo incluiu 20 bairros entre os que precisam de estímulos para a ocupação de espaços vazios, todos dentro da macroárea de reestruturação e qualificação urbana. Essas novas diretrizes dividem a cidade em cinco macroáreas. Nesse modelo, regiões como Ipiranga, Penha, Santana e Vila Prudente também estão entre aquelas com boa infraestrutura viária e de transportes para receber mais moradores, conforme definido no substitutivo. Como já preveem as operações urbanas lançadas recentemente pelo governo, o substitutivo ao projeto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) ainda tenta induzir o crescimento da cidade ao longo da orla ferroviária, onde existem espaços vazios para a construção de novos prédios, e perto das futuras estações do Metrô e da CPTM. O crescimento dessas áreas ganhou 12 incentivos listados ontem pelo líder de governo, José Police Neto (PSDB), na última reunião da Comissão de Política Urbana destinada a discutir o texto final. Entre elas estão a reorganização do transporte coletivo desses bairros, a implementação do IPTU progressivo para forçar o uso residencial de terrenos ociosos e a outorga onerosa para as construtoras - recurso que possibilita ao construtor o pagamento de contrapartidas financeiras e de meio ambiente para erguer edificações acima do permitido pela lei de zoneamento. Por outro lado, as diretrizes "congelam" os novos empreendimentos em bairros do centro expandido que enfrentaram forte adensamento populacional e verticalização nos últimos oito anos, como Vila Mariana, Moema, Pinheiros e Perdizes. Para conter o avanço de novos prédios nessas áreas, a Câmara propõe impor contrapartidas rígidas para os polos geradores de tráfego e a manutenção do zoneamento restritivo ao comércio nas ruas residenciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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