Em SP, multa ameaça relógio do Conjunto Nacional

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Uma multa de R$ 2,1 milhões e a intenção do banco Itaú de retirar seu letreiro do relógio do Conjunto Nacional ameaçam a manutenção de um dos pontos mais conhecidos da Avenida Paulista, na região central de São Paulo. Em dezembro, a Prefeitura autuou a instituição por desrespeito à Lei Cidade Limpa, após a pintura do logo em azul e amarelo. Em 2007, quando a legislação entrou em vigor, a Prefeitura havia decidido que o Itaú tinha de tirar a sua logomarca do local, mas o banco entrou com recurso na Comissão Permanente da Paisagem Urbana (CPPU) e o caso arrasta-se até hoje.Para não ter de pagar multa, o Itaú protocolou no início do mês no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) um pedido para tirar o letreiro, que está há 35 anos no local. A autorização é necessária porque, para o órgão estadual, o relógio é considerado bem aderente ao imóvel tombado, no caso o Conjunto Nacional, e, portanto, sujeito às mesmas regras de tombamento, ocorrido um ano antes da Lei Cidade Limpa. A Secretaria Estadual de Cultura informou que o pedido está em estudo preliminar pela equipe técnica. Procurado por meio de sua Assessoria de Imprensa, o banco não se manifestou.Para manter o relógio funcionando e garantir a manutenção da estrutura metálica, o banco paga para o condomínio mais de R$ 300 mil por ano. Durante todos esses anos de pendência, a logomarca do Itaú foi se desgastando e quase ficou apagada. Em setembro do ano passado, voltou a ficar visível após a reforma da estrutura, autorizada pelo Condephaat, que incluiu a reposição de peças, pintura e retirada de ferrugem. Três meses depois, a Subprefeitura de Pinheiros multou o banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.