Em SP, polícia resolve menos da metade dos homicídios

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

O índice de resolução dos homicídios investigados pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) caiu pelo segundo ano consecutivo, depois de atingir uma marca histórica em 2005. Em 2007, o índice de resolução do setor da Polícia Civil responsável por identificar e prender autores de assassinatos na capital paulista foi de 46,9% dos casos investigados. O índice já havia caído de 65,5%, em 2005, para 56%, em 2006. O índice de esclarecimento do DHPP leva em conta os casos em que o departamento mandou à Justiça os acusados pelos homicídios. Mas nem todos os casos de homicídio são encaminhados ao DHPP. Os DPs costumam ficar com as investigações quando a vítima é socorrida. Foi o que aconteceu no caso da menina Isabella Nardoni, que ficou sob responsabilidade do 9º DP. Ao DHPP são delegados os casos em que a vítima morre no local ou em situações excepcionais. Entram na conta casos ocorridos em anos anteriores que continuam a ser investigados. Assim, em 2001, ano em que o DHPP começou a medir o índice de esclarecimento, de um total de 5.664 inquéritos policiais em andamento, apenas 1.158 foram esclarecidos, resultando em um índice de 20,4% de resolução. Em 2005, ano em que o DHPP conseguiu a sua melhor performance, foram esclarecidos 1.388 casos de um total de 2.119, um índice de 65,5%. Nos dois últimos anos, porém, houve uma queda no índice. Em 2006, foram esclarecidos 56% dos 1.844 casos investigados. Em 2007, 46,9% dos 1.499. Para o delegado Carlos José Paschoal de Toledo, diretor do DHPP, a queda na taxa está relacionada com a diminuição simultânea do número de homicídios na capital. Desde 2000, esse tipo de crime caiu 71% , passando de 5.327 na virada do século para 1.534 no ano passado. Também houve, a partir de 2001, um ''boom'' de prisões. De 368, em 2001, para 1.388, em 2005. Mas, em 2006 (1.032) e 2007 (704), o número de capturas foi menor, diz Toledo. As informações são do Jornal da Tarde.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.