Emílio Ribas prepara encontro de ex-residentes

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Por Mariana Lenharo
Atualização:

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas prepara um grande encontro científico que pretende reunir todos os 600 infectologistas que já fizeram residência na instituição. A reunião, inédita, terá representantes desde a primeira turma, que entrou em 1971, quando o centro de referência ainda se chamava Hospital de Isolamento Emílio Ribas. A proposta do encontro é promover troca de conhecimento e experiências entre as várias gerações de ex-residentes, que se tornaram especialistas e hoje atuam em universidades, hospitais e clínicas de quase todos os Estados do País.Ao longo de mais de 40 anos, esses infectologistas testemunharam o surgimento de novas doenças infecciosas, como a aids, e a emergência de questões que tiveram forte impacto na especialidade, como a resistência bacteriana. Isso sem contar as epidemias históricas: febre tifóide, meningite meningocócica, febre purpúrica, sarampo e a mais recente influenza H1N1."São infecções novas para especialistas velhos", diz a médica Marinella Della Negra, que fez parte da segunda turma de residentes do Emílio Ribas, que ingressou em 1972. Desde então, nunca mais deixou o instituto e só divide seu tempo com a atividade de professora da disciplina de infectologia da Faculdade de Medicina da Santa Casa. Ela conta que, na época em que decidiu ser infectologista, a carreira ainda estava "engatinhando". "Naquele tempo, o Emílio Ribas tinha uma característica de isolamento. Era um hospital que servia para por o paciente com doença infecciosa. Só quem realmente queria fazer a especialidade ia para lá", conta.Ela avalia que, na época, atuar no Emílio Ribas não tinha o glamour que veio a ter depois, quando a instituição passou a ser reconhecida pelo ensino e também pela pesquisa.O surgimento da aids, segundo Marinella, foi um grande impulsionador das pesquisas na área. "Foi um marco. Com a aids, teve que se investir muito dinheiro nas pesquisas. Por meio desse investimento, foi possível avançar também no conhecimento de outras infecções." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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