Emprego industrial fica estável em novembro ante outubro; horas pagas recuam

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Por Redação
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O emprego na indústria brasileira mostrou estabilidade em novembro na comparação com outubro mas recuou 1,7 por cento na comparação com o mesmo mês de 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Em outubro, o indicador havia interrompido série de cinco quedas seguidas mensais ao avançar 0,1 por cento. Na comparação com novembro do ano anterior, o resultado foi o 26º negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais forte desde setembro de 2012 (-1,9%). Assim, no acumulado de janeiro a novembro o emprego na indústria acumula queda de 1,1 por cento, e caminha para encerrar o ano com taxa negativa pela segunda vez seguida, após recuo de 1,4 por cento em 2012. A última vez que o emprego industrial registrou dois anos seguidos em campo negativo foi em 2002 e 2003. "O comportamento (negativo) do emprego e das horas pagas se tornou uma característica do mercado de trabalho nos últimos meses, com exceção de outubro", disse o economista do IBGE André Macedo. O contingente de trabalhadores sofreu redução em 12 das 14 áreas pesquisadas na comparação com novembro de 2012, sendo que os principais impactos negativos vieram de São Paulo, com queda de 2,3 por cento, e da Região Nordeste, com recuo de 4,1 por cento. Também tiveram resultados negativos Rio Grande do Sul (-2,4 por cento), Bahia (-5,5 por cento), Minas Gerais (-1,3 por cento) e Pernambuco (-4,2 por cento). Já o número de horas pagas caiu 0,4 por cento em novembro em relação a outubro, devolvendo o ganho de 0,3 por cento visto em outubro, quando interrompeu cinco meses de quedas seguidas. Na comparação anual, houve queda de 2,2 por cento no número de horas pagas, sexta taxa negativa consecutiva e a mais forte desde fevereiro (-2,3 por cento). Em novembro, a produção industrial brasileira caiu 0,2 por cento sobre outubro, interrompendo três meses de alta. "(Em 2013) vários setores estavam com estoques acima do desejado, houve redução no consumo das famílias, encarecimento do crédito, exportações menores e maior penetração de importados. Isso tudo explica uma produção industrial mais lenta e o mercado de trabalho tem que acompanhar esse movimento", completou Macedo. (Reportagem de Por Camila Moreira, em São Paulo, e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro; Edição de Alexandre Caverni)

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