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Empresário do PA é condenado por trabalho escravo

Por Paulo R. Zulino
Atualização:

Gilberto Andrade, um dos maiores fazendeiros do Pará, foi condenado pela Justiça Federal no Maranhão pelos crimes de trabalho escravo, ocultação de cadáver e aliciamento de trabalhadores. Ainda cabe recurso da decisão. A denúncia partiu do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA). Gilberto Andrade é proprietário das fazendas Caru, Baixa Verde e Bonsucesso, situadas entre os Estados do Pará e Maranhão. Depois de aliciar trabalhadores mediante falsas promessas de emprego remunerado, o fazendeiro os submetia a condições degradantes de vida e de trabalho, além de cerceá-los à liberdade de locomoção. Em suas fazendas, foram resgatados 19 trabalhadores que eram escravizados. Segundo a denúncia do MPF, foram localizados corpos enterrados nas fazendas do empresário, que tinha conhecimento dos crimes. Muitos restos mortais já se resumiam a ossadas, dificultando ainda mais a identificação dos mortos e a elucidação de eventual crime contra a vida. Esses crimes ainda estão sendo investigados. Gilberto Andrade foi condenado a 11 anos de reclusão, sendo oito anos pelo crime de trabalho escravo, três anos pelo crime de ocultação de cadáver, mais três anos de detenção pelo crime de aliciamento de trabalhadores.

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