Empresas começam a preparar vacina contra H1N1, dizem EUA

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Por JULIE STEENHUYSEN
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Os laboratórios estão começando o trabalho preliminar em torno de uma vacina contra a nova gripe H1N1, e os testes clínicos devem ocorrer a partir dos próximos meses, embora seu uso disseminado só esteja previsto para outubro, disseram autoridades sanitárias dos EUA na quinta-feira. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) disse que a nova cepa parece estar se comportando em grande parte como a gripe sazonal H1N1, que atinge principalmente crianças e jovens. Até agora, houve 8.585 casos prováveis e confirmados nos EUA da nova cepa H1N1, dita "gripe suína", além de 507 internações e 12 mortes, segundo Anne Schuchat, do CDC. De acordo com ela, há alguns dias o CDC despachou amostras virais para a produção de vacinas a diversos fabricantes. As cepas foram produzidas usando métodos tradicionais para as vacinas, o que envolve vacinas vivas feitas e um novo método, dito de "genética reversa", que permite a produção de vacinas não-vivas, evitando o contato com cepas perigosas. O método de genética reversa pertence à MedImmune, subsidiária da AstraZeneca, que o licenciou para várias empresas autorizadas a vender vacinas contra a gripe nos EUA, como Sanofi-Aventis, Novartis e GlaxoSmithKline Plc. Schuchat disse que nas próximas semanas as empresas começaram a produzir "lotes candidatos" de vacinas a serem usados nos testes clínicos. Esses testes irão revelar, por exemplo, se o tratamento será com uma ou duas doses da vacina, se a vacinação de diferentes faixas etárias gera resultados diferentes, ou se é necessário usar um adjuvante (reforço) do sistema imunológico. A eventual produção em grande escala, acrescentou ela, só começará depois dos testes clínicos. Schuchat disse ainda que a maioria dos pacientes contaminados (62 por cento) tem de 5 a 24 anos, enquanto os pacientes com mais de 55 anos são apenas 1 por cento dos casos prováveis. Embora não haja dúvidas de que se trata de uma nova cepa, esse vírus parece se comportar como o H1N1 sazonal, que circula todos os anos e afeta mais os jovens, disse ela.

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