Empresas investem R$ 1 bi ao ano em ensino público

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Por Simone Iwasso
Atualização:

Com apoio técnico para elaborar um plano de gestão e aprendizado, além de um aporte de R$ 100 por aluno ao ano, escolas de ensino médio da rede estadual de Porto Alegre e Belo Horizonte conseguiram que seus estudantes melhorassem o desempenho em português e matemática em uma proporção que as unidades não beneficiadas só atingirão em cinco anos. Os dados, de pesquisa feita pelo economista Ricardo Paes de Barros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nas avaliações nacionais do Ministério da Educação, mostram os resultados de um programa de investimento social privado no ensino público. No caso, o responsável pela ação é o Instituto Unibanco, mas há diversas outras instituições e fundações trilhando caminhos semelhantes com resultados também positivos.Não à toa, a maior fatia do investimento social privado no País vai para a área educacional - mais de 80% das empresas que fazem algum tipo de investimento social têm projetos nesse setor, segundo levantamento do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife).A maior parte é aplicada em propostas de formação de crianças e jovens carentes, desde o ensino infantil até fundamental e médio. Estimativas do movimento Todos pela Educação, que reúne gestores públicos, especialistas e grandes empresas em torno do tema, indicam que o setor recebe cerca de R$ 1 bilhão ao ano de instituições e fundações ligadas a empresas.Basicamente, há três focos de atuação dos institutos e fundações. Uma linha é a dos que optam por criar e manter suas escolas próprias, servindo como modelo de metodologia e gestão para a rede pública. A segunda propõe ajudar estudantes da rede pública, com bolsas de estudo, por exemplo, ou então auxiliar diretamente a escola pública. E a terceira opção de ação ?entra? nas redes, levando uma base comum de atuação para todas as escolas. Essas redes apresentaram também uma queda bem maior do que o resto do País nos índices de reprovação e evasão escolar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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