30 de julho de 2011 | 00h00
Cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR, em inglês), nos Estados Unidos, conseguiram mais um dado para ajudar a explicar por que a coroa do Sol, a parte mais externa do astro, é 20 vezes mais quente que a superfície.
Conforme pesquisas feitas com a sonda Observatório Dinâmico Solar, da Nasa, as oscilações magnéticas que carregam energia da superfície até a coroa são mais intensas que o imaginado. Essas ondas, chamadas alfvén e explicadas pelos cientistas como um mecanismo de transporte de energia do campo magnético do Sol até sua parte mais externa, têm energia suficiente para aquecer a coroa e transportar os ventos solares.
Segundo o novo estudo, elas têm força cem vezes maior que o previsto. As ondas podem ser vistas em imagens de alta resolução, que as mostram ejetando material quente - esses jatos são chamados de espiculas.
"As novas observações permitem que demos uma boa olhada, pela primeira vez, em como energia e massa se movem até a parte externa do Sol", disse Scott McIntosh, principal autor do estudo, publicado na Nature.
Agora que o poder dessas ondas está mais claro, os cientistas querem entender como elas perdem energia, que são transferidas para o plasma, composto por um gás superaquecido e carregado eletricamente. Um modelo de computador tentará entender como as ondas e as espiculas trabalham no transporte de energia.
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