PUBLICIDADE

Energia de Belo Monte será mais barata, diz Aneel

Para Hubner, da Aneel, eletricidade de Belo Monte terá custo menor do que o das usinas do Madeira

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse ontem acreditar que a Usina de Belo Monte, no Pará, terá energia mais barata que as hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia. Hubner não explicou as razões para essa avaliação, mas já tem à sua disposição o edital da licitação da usina. O diretor da agência não quis fazer previsões sobre a data do leilão, mas alertou que a demora pode significar a contratação de outros projetos de geração mais poluentes.Com potência total de 11,1 mil megawatts (MW), a Usina de Belo Monte é considerada prioritária pela área energética do governo, mas vem enfrentando dificuldades na obtenção da licença ambiental. O Ministério do Meio Ambiente sinalizou com a liberação até o fim desta semana, mas até ontem à noite não houve novidades. Durante a semana, representantes da área energética fizeram grande pressão pública pelo licenciamento. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, chegou a dizer que ainda acreditava na realização do leilão da usina em 2009. Ontem, Hubner não quis comentar a possibilidade, limitando-se a alertar para o risco de contratação de usinas mais poluentes para compensar os atraso no início das operações da hidrelétrica.O executivo disse esperar que o leilão de Belo Monte termine com preços menores do que os verificados nas concorrências para as Usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em torno dos R$ 80 por megawatt/hora (MWh). "É uma usina bem melhor que as do Madeira", afirmou, sem querer adiantar, porém, qual será o teto estipulado no edital de concessão de Belo Monte.Assim como as usinas do Madeira, Hubner espera que Belo Monte também entre em operação em um período menor que o previsto inicialmente. A Usina de Santo Antônio, com 3,1 mil MW de potência, por exemplo, deve iniciar a primeira máquina em dezembro de 2011 - o cronograma original estipulava maio de 2012. "Acho que o primeiro bloco de energia de Belo Monte pode chegar ao mercado em 2014", disse Hubner, após o leilão de linhas de transmissão no Rio. O cronograma original prevê um prazo de cinco anos para a realização das obras.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.