Entre sorrisos e lágrimas, Guga se despede do tênis na França

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Por CHRYSTEL BOULET-EUCHIN
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Sempre sorridente e ainda capaz de golpes mágicos, Gustavo Kuerten deu seu adeus ao tênis e ao público parisiense neste domingo na quadra central de Roland Garros. O brasileiro foi saudado na arena francesa onde se consagrou três vezes, em 1997, 2000 e 2001, depois da derrota em parciais de 6-3, 6-4 e 6-2 diante do francês Paul-Henri Mathieu depois de uma disputa cujo final já era previsto. A entrada de Guga, que conquistou o coração do público desde sua primeira vitória em Paris, foi saudada por uma ovação de pé digna do campeão que ele foi antes que um problema recorrente no quadril o arrastasse ao fundo do ranking. Mathieu não teve que exigir muito de seu talento para se impor, mas isso não era mesmo o principal. O essencial era a alegria verdadeiramente incomensurável que o brasileiro demonstrava na quadra, na qual jamais abriu mão de seu sorriso. A emoção o dominou no final do confronto. Guga, com o rosto coberto por uma toalha, não conseguiu mais segurar as lágrimas. Depois de ter recebido um último abraço de Mathieu e um troféu de lembrança --um pedaço da quadra envidraçado-- das mãos de Christian Bimes, presidente da Confederação Francesa, Guga se dirigiu ao público em francês. "Muito obrigado. Eu sempre estarei aqui. Aqui está minha vida, minha paixão, meu amor", disse ele. "É uma alegria que minha família, meu treinador estejam aqui comigo. Estou muito, muito contente de ter vencido aqui três vezes, mas o amor de vocês é o mais importante." Uma última ovação do público e Gustavo Kuerten deixou a quadra que fez dele um rei.

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