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ENTREVISTA-Pfizer deve fazer cisão de saúde animal-presidente

Por BEN HIRSCHLER E KATE KELLAND
Atualização:

A Pfizer está mais propensa a fazer uma cisão de sua unidade de saúde animal do que vendê-la, refletindo o esperado apelo do investidor, afirmou seu presidente-executivo nesta segunda-feira. Nenhuma decisão final foi tomada, mas Ian Read afirmou à Reuters de que há atrativos claros para os acionistas em uma operação de cisão livre de impostos, que seria a maior da indústria. "Eu provavelmente prejudiciaria a saúde animal com uma venda do que uma cisão", afirmou em uma entrevista em Londres. Read, que assumiu o cargo de presidente da Pfizer em dezembro de 2010 em um momento desafiante, está diminuindo o grupo por meio de desinvestimentos em negócios que não fazem parte do portfólio principal da empres, incluindo medicina veterinária e nutrição infantil. Espera-se que o negócio de nutrição seja vendido por cerca de 10 bilhões de dólares. Os interessados tinham até a semana passada para enviar ofertas, sendo que a Nestlé e uma parceria entre a Danone e a Mead Johnson Nutrition são vistas como as favoritas. O processo para a unidade de saúde animal, porém, está menos avançado e uma venda está menos óbvia. A Pfizer enfrentaria pesadas contas fiscais em uma venda, e qualquer comprador também enfrentaria substanciais disputas antitrustes. "É um grande negócio de saúde animal e sobreviveria como uma empresa individual. Há grande interesse entre investidores em ter uma empresa como essa", afirmou Read. Especulações sobre uma possível venda da unidade de saúde animal, que analistas acreditam valer entre 15 bilhões e 20 bilhões de dólares, cresceram na semana passada, com relatos de que a Novartis AG teria feito uma aproximação rejeitada pela Pfizer, enquanto que a Bayer AG também teria feito uma movimentação nesse sentido. Os planos de se desfazer das duas unidades, que a Pfizer afirmou que estariam completos entre julho de 2012 e julho de 2013, seguem uma decisão de focar apenas nas operações farmacêuticas.

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