As duas grandes descobertas no Ártico no ano passado confirmaram a estratégia da Statoil de focar em exploração no extremo norte, disse o diretor financeiro da companhia. A norueguesa Statoil prevê buscar petróleo nas águas do Ártico na Noruega, Rússia e Groenlândia nos próximos anos. A companhia também foca em áreas no Brasil, Angola, leste da África e Indonésia, disse Torgrim Reitan à Reuters nesta segunda-feira. "O Ártico tem sempre sido grande para nós e as novas descobertas são um progresso. É como se finalmente tivéssemos quebrado a senha e provado por que nós acreditamos nisso por tanto tempo", disse Reitan em entrevista. No começo deste mês a Statoil anunciou Havis, uma grande descoberta no Mar Barents na Norueguesa, o que juntamente com o campo de Skrugard pode conter reservas combinadas de 400 milhões a 600 milhões de barris de óleo equivalente. O interesse na área do Mar de Barents aumentou desde que a Rússia e a Noruega encerraram disputa de décadas em área de fronteira no Ártico. CANDIDATA À COMPRA NO BRASIL No Brasil, a Statoil estaria entre as candidatas à compra a compra dos ativos da norte-americana Anadarko, segundo o jornal Finance Times. Entre as áreas à venda pela Anadarko e de possível interesse pela Statoil, um bloco possui grande descoberta no pré-sal da bacia de Campos - uma fronteira exploratória que tem despertado o apetite de petroleiras globais. Nos ativos que já possui, as descobertas de petróleo que a norueguesa realizou no ano passado na bacia de Campos estão levando a empresa a cogitar uma nova plataforma do tipo FPSO para o Brasil. A petroleira estuda ampliar o sistema de produção já existente no campo de Peregrino, que produz óleo a partir de uma plataforma. Outras três descobertas foram comunicadas à reguladora no bloco C-M-529 em 2011. Os três indícios foram de petróleo. GROENLÂNDIA Reitan acrescentou que áreas em ambos os lados da nova fronteira possuem oportunidades, enquanto a Statoil também está "muito estimulada sobre" a Groenlândia, apesar da disputa da Cairn Energy's por lá. Tem sido noticiado que a companhia britânica Cairns está em conversação para a possível venda de partes de áreas de exploração, uma vez que sua campanha de perfuração de 1,2 bilhão de dólares falhou em gerar alguma